29 de set. de 2017

O papel do Terapeuta Ocupacional no tratamento do Autismo


  O papel do Terapeuta Ocupacional no tratamento do Autismo

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento. Não se conhece a causa do autismo, mas, estudos em gêmeos Monozigóticos indicam que a desordem pode ser em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os indivíduos.

Em muitos casos, já existe possibilidade de detectar esta disfunção antes dos dois anos de idade.

Segundo a ASA (Autism Society of American), indivíduos com autismo usualmente exibem pelo menos metade das características listadas a seguir:

- Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;
- Riso inapropriado;
- Pouco ou nenhum contato visual;
- Aparente insensibilidade à dor;
- Preferência pela solidão; modos arredios;
- Rotação de objetos;
- Inapropriada fixação em objetos;
- Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
- Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
- Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
- Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo);
- Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal) e estereotipias;
- Recusa colo ou afagos;
- Age como se estivesse surdo;
- Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticulação e apontar no lugar de palavras;
- Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;
- Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos.

É importante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas pode estar presente nos primeiros anos de vida da criança, estes variam de leve a grave e em intensidade de sintoma para sintoma. Vale lembrar que a ocorrência desses sintomas não é determinista no diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento com psiquiatra infantil ou neuropediatra. Não existem exames laboratoriais ou de imagem que diagnostiquem o autismo, o diagnóstico é clínico, apenas através de observação.


Quais são os benefícios da Terapia Ocupacional para a criança com Autismo?

Quando falamos em Terapia Ocupacional Infantil, nos remetemos a três grandes áreas nas quais são de extrema importância na infância: AVDs (atividades da vida diária), atividades relacionadas ao trabalho escolar e o brincar. A criança aprende sobre o mundo quando interage com ele, usando as informações que lhe chegam pelos sentidos, essas interações se dão através do brincar, sendo este o principal recurso utilizado pela Terapeuta Ocupacional.

O objetivo global da terapia ocupacional é ajudar a pessoa com autismo a melhorar a qualidade de vida em casa e na escola. O terapeuta ajuda a introduzir, manter e melhorar as habilidades para que as pessoas com autismo possam chegar à independência.

Estas são algumas das habilidades que a terapia ocupacional pode promover:

•             Habilidades da vida diária, tais como o treinamento do toalete, vestir-se, escovar os dentes, pentear cabelos, calçar sapatos, e outras habilidades de preparação;
•             Habilidades motoras finas necessárias para a realização de caligrafia ou cortar com uma tesoura;
•             Habilidades motoras utilizadas para andar de bicicleta;
•             O sentar adequado, percepção de competências, tais como dizer as diferenças entre cores, formas e tamanhos;
•             Consciência corporal e sua relação com os outros;
•             Habilidades visuais para leitura e escrita;
•             Brincar funcional, resolução de problemas e habilidades sociais;
•             Integração dos sentidos, realizado através da abordagem de integração sensorial com objetivo de diminuição de estereotipias;

Ao trabalhar sobre essas habilidades durante a terapia ocupacional, uma criança com autismo pode ser capaz de:

•             Desenvolver relacionamentos com seus pares e adultos;
•             Aprender a se concentrar em tarefas;
•             Expressar sentimentos em formas mais adequadas;
•             Envolver-se em jogo com os pares;
•             Aprender a se auto-regular;
•             Realizar atividades mais refinadas como: escovar dentes, lar laço, vestir-se etc.
•             Independência;
•             Aprendizagem;
•             Autoconfiança;

Fonte: http://terapiaoculpacional.blogspot.com.br/2011/08/autismo-e-intervencao-da-terapia.html


Enfim, um objetivo de extrema relevância da Terapia Ocupacional é orientar as Famílias, bem como professores e demais profissionais que precisam de ajuda para compreender e sabe lidar com crianças portadoras de autismo, para que estas se desenvolvam e consigam interagir nos ambientes que frequentam e com as pessoas com as quais convive.

Fonte: CREFITO 9

Porque é que a Terapia Ocupacional é importante para as crianças com autismo?

Neste artigo a terapeuta ocupacional Corinna Laurie, que exerce funções em contexto escolar e é diretora da “ Evolve Children’s Therapy...